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“O meu partido é Portugal”- Gouveia e Melo sublinha caráter suprapartidário da sua candidatura e defende equilíbrio entre economia livre e justiça social

08 Set, 2025

Na sua intervenção no Campus da Liberdade 2025, promovido pelo Instituto +Liberdade, Gouveia e Melo reforçou a sua condição de candidato verdadeiramente suprapartidário, afirmando: “O meu partido é Portugal”. Sublinhou ainda que o facto de não ser um político tradicional constitui uma vantagem, permitindo-lhe não ficar preso a interesses partidários.

Sobre a economia, o candidato defendeu que esta deve funcionar como “um motor livre de atritos, porque um motor cheio de atritos acaba por não desenvolver o seu máximo potencial”. Alertou, no entanto, para a necessidade de garantir que o crescimento económico não deixa ninguém para trás: “Temos de encontrar um equilíbrio entre o máximo de liberdade desse motor económico, numa economia liberal de mercado que permita acelerar a economia — porque, caso contrário, só distribuímos pobreza —, mas, por outro lado, temos de cuidar dos elevadores sociais”, tais como a saúde, a habitação ou a educação.

Distanciando-se daquilo a que chama “intriga político-partidária”, Gouveia e Melo criticou os que “não apresentam capacidade de resolução” e que “não têm uma visão transformadora para o país”. Reforçou também a diferença entre política e politiquice, afirmando que apenas a primeira é relevante para o exercício das funções de Presidente da República.

Recordando o seu percurso, destacou: “Pratico política há muito tempo e cheguei aos patamares mais elevados das Forças Armadas. Além disso, liderei um processo urgente, difícil e crítico, que foi o da vacinação, e nisso tive de lidar com o aspeto verdadeiramente político, que conseguimos conduzir com sucesso.”

Gouveia e Melo sublinhou ainda que encontros como o Campus da Liberdade 2025 permitem não apenas debater o papel da Presidência, mas também reforçar junto dos jovens o seu compromisso com uma política suprapartidária, assente na eficácia e na responsabilidade.

“Portugal não pode ser o país do improviso”.

Em declarações aos jornalistas, o candidato presidencial defendeu a necessidade de responsabilização na sequência do acidente mortal com o Elevador da Glória.

O candidato considerou que devem ser assumidas todas as responsabilidades “no final do inquérito”, reforçando que “o inquérito não se pode prolongar eternamente e não nos podemos esquecer, depois, de assumir essas responsabilidades, sejam elas quais forem.”

Gouveia e Melo sublinhou que é necessário apurar o que aconteceu em concreto, evitando precipitações ou soluções forçadas que mais tarde possam gerar arrependimento.

O candidato à Presidência da República lamentou que em Portugal ainda haja uma cultura de improviso, que falha muitas vezes por falta de planeamento, de cuidado e, de certa forma, por irresponsabilidade.

“Precisamos de ter um sistema que se responsabilize mais, e o sistema começa pelo sistema político.”

 

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