Henrique Gouveia e Melo participou na terceira sessão das Conferências Presidenciais “Novos Desafios para Portugal”, promovida pela CIVICUS – Associação de Dinamização Cívica, em parceria com a Escola de Economia, Gestão e Ciência Política da Universidade do Minho.
Perante uma plateia de bracarenses, o candidato presidencial traçou um retrato do atual panorama internacional, que classificou como “perigoso”, alertando para a proliferação de ideias autocráticas que “podem contaminar também o nosso país”.
Assinalou igualmente o crescente desânimo perante a classe política, frisando que existe um grupo “muito vasto” de cidadãos que se sentem “fartos do sistema”, o que pode afetar a saúde da democracia em Portugal.
Apresentando-se como um candidato “diferente”, suprapartidário e com ideias “claras”, Gouveia e Melo recordou a confiança que conquistou durante a pandemia: “Já provei aos portugueses que podem confiar em mim nos momentos mais extremos. Estou preparado para ajudar Portugal porque acredito verdadeiramente que nós precisamos de mudar.”
O candidato apelou à união e à ambição coletiva, defendendo que “na vida não se pode sonhar pequenino” nem Portugal se deve resignar a “ficar na cauda da Europa”. Sublinhou que, a partir da presidência, pretende exercer “um verdadeiro exercício de influência”, capaz de motivar os portugueses para a mudança.
Definindo-se no centro político, explicou que é nesse espaço que se encontram as soluções “mais pragmáticas e sem extremismos”, acrescentando: “É muito fácil fazer parte da secção da demolição, a construção é a coisa mais difícil. Não se deixem levar pelas sereias da destruição.”
Questionado sobre o seu passado militar, esclareceu que hoje é apenas “um cidadão”, sem qualquer ligação às Forças Armadas. “Dediquei a minha vida à pátria,” salientou, recordando os 45 anos de serviço prestado a Portugal.
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