Henrique Gouveia e Melo cumpriu, este fim de semana, uma visita de dois dias a Paris, marcada por encontros com empresas portuguesas e momentos de proximidade com a comunidade emigrante.
No dia 29, sábado, o candidato iniciou a visita na fábrica da Pastelaria Canelas, um exemplo de empreendedorismo nacional com forte presença em Paris. Destacou a capacidade da diáspora em projetar Portugal além-fronteiras e em gerar emprego qualificado.
Seguiu-se uma deslocação às instalações da PrimLand, onde discutiu temas como competitividade, exportações e novos desafios para as empresas portuguesas no mercado europeu.
Já no dia 30, domingo, Gouveia e Melo participou num almoço com a comunidade portuguesa, num ambiente marcado por grande adesão e entusiasmo. Este almoço contou com cerca de 200 participantes da comunidade portuguesa em Paris, entre as quais diversos empresários, agentes da cultura e jovens.
O candidato ouviu preocupações e sublinhou a importância de manter laços fortes entre Portugal e os seus emigrantes.
À margem das iniciativas, em declarações aos jornalistas, Gouveia e Melo abordou o tema da defesa nacional, defendendo que o país precisa de repensar todo o sistema à luz das ameaças atuais:
“Toda a defesa deve ser repensada, num contexto atualizado.”
Reforçou que existem várias vias possíveis, mas rejeitou a obrigatoriedade como solução:
“A única opção com que não concordo é que seja obrigatório.”
Defendeu ainda que o debate deve envolver todos:
“Deve ser discutida com a população; a população não pode ser infantilizada.”
E deixou um aviso contra discursos que considera pouco sérios:
“Forças militares que não estão prontas para combater não servem para nada e tudo o que disserem contra isto é ruído e demagogia.”
No segundo dia de visita, Gouveia e Melo voltou a pronunciar-se sobre o funcionamento do sistema político, sublinhando que Portugal tem um equilíbrio institucional que deve ser preservado:
“Considero o nosso sistema equilibrado, um sistema que provou até agora e não precisa de um presidente ditador.”
E acrescentou uma crítica indireta a quem, na sua opinião, instrumentaliza a Constituição:
“Não posso dizer que defendo a Constituição e logo na primeira altura querer transformar a Constituição a seu favor, isso é que é verdadeiramente antidemocrático.”
A visita encerrou com uma mensagem de confiança na diáspora e na capacidade de Portugal enfrentar os desafios do futuro com estabilidade, responsabilidade e participação cívica.