Henrique Gouveia e Melo dedicou o dia a uma visita ao distrito de Leiria, onde visitou a empresa Vasicol e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), sublinhando a importância de um país coeso, inovador e capaz de integrar pessoas, conhecimento e indústria.
A manhã começou com a passagem pela Vasicol, uma empresa que o candidato descreveu como “um verdadeiro caso de sucesso”, não apenas económico, mas também social. “Esta fábrica tem uma história que deve ser contada”, recordando a evolução da empresa ao longo de várias gerações.
Com mais de 100 anos de história, a Vasicol “começou com olaria tradicional e passado três gerações, a mesma família desenvolveu o negócio, incorporou tecnologia e hoje emprega 600 pessoas.”
Para Gouveia e Melo, este é um exemplo claro do que Portugal deve procurar replicar: empresas inovadoras, competitivas e centradas nas pessoas.
Destacou ainda a importância da imigração para garantir a continuidade de setores produtivos:
“Esta produção só existe porque há gente estrangeira a fazer este trabalho. E estas pessoas estão integradas. A comunidade cresce e não envelhece tão rapidamente.”
Alertou, porém, para o risco de um país desigual e despovoado:
“Um país desabitado é um país mais frágil. Não queremos um país a três velocidades, queremos um país como um todo.”
Defendeu, por isso, a necessidade de um novo contrato social, capaz de desenvolver o país de forma equilibrada e reconhecer o papel de quem arrisca e empreende:
“Os empresários são verdadeiros heróis, que criam emprego e prosperidade.”
À margem da visita, Gouveia e Melo comentou as recentes medidas do Governo dirigidas aos estudantes mais desfavorecidos, considerou-as insuficientes:
“São medidas que ficam bem, mas precisamos de medidas que realmente façam a diferença.”
Conhecimento, indústria e coesão: o papel do Politécnico de Leiria
Durante a visita ao Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Gouveia e Melo destacou o papel da instituição como motor de conhecimento e desenvolvimento regional. Reconheceu a ambição do IPL em transformar-se numa universidade, afirmando que este passo poderá reforçar a sua capacidade de estruturar a economia local e nacional: “Pode ser uma grande âncora industrial do nosso país.”
“É preciso introduzir investigação e conhecimento na indústria para ganhar escala e competir internacionalmente”, sublinhou. “Estes institutos são importantes em áreas específicas e promotores do desenvolvimento.”
A visita encerrou com uma mensagem forte: Portugal precisa de conhecimento, de coesão e de empresas que cresçam com as pessoas.