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Gouveia e Melo em Loulé, Olhão e Faro: “A democracia tem de começar a entregar resultados”

07 Dez, 2025

Henrique Gouveia e Melo esteve no Algarve, numa deslocação que incluiu visitas ao Mercado de Loulé, ao Mercado de Olhão, à Associação Algarvia de Saúde e, no segundo dia, uma reunião com a Reitora e estudantes da Universidade do Algarve, em Faro.

A pré-campanha no distrito de Faro ficou marcada por declarações firmes sobre democracia, governança e cultura política, numa grande receção popular.

No primeiro dia, a passagem pelo Mercado de Loulé, Gouveia e Melo ouviu elogios, mas também preocupações dos comerciantes e habitantes locais. Em declarações aos jornalistas, o candidato sublinhou a importância de exigir mais à governação: “Não tenho partido político. O meu único partido é Portugal e quero representar esse partido e ser exigente com a governação. A governação é escolhida pelo povo nas suas eleições, mas o Presidente da República deve ser exigente.”

Defendeu ainda que a democracia tem de se tornar mais eficaz e orientada para resultados: “A democracia tem de passar a entregar resultados, ser menos declarativa e mais executiva.” Reconhecendo um “cansaço” e uma “desilusão generalizada” entre os cidadãos, frisou que a mudança deve acontecer dentro das instituições democráticas e nunca à margem delas.

E deixou um alerta: “As pessoas começam a pensar que a democracia não passa de uma farsa e é isso que nós temos todos de contrariar. Temos de começar a entregar resultados à população.”

No segundo dia, após reuniões com a Reitora e com estudantes da Universidade do Algarve, Gouveia e Melo revelou ter conhecimento de vários casos de pessoas que foram pressionadas a retirar o apoio à sua candidatura, classificando a situação como um reflexo de um problema cultural ainda presente no país. “Sim, foi mais do que um caso de proposituras que já tinham sido assinadas e depois pediram para as retirar por pressão superior, se lhe posso chamar assim.”

Questionado sobre quem teria exercido essas pressões, recusou divulgar nomes publicamente: “Não seria na comunicação social que iria indicar nomes e, se achasse que tinha havido um crime, faria a denúncia no sítio certo.”

As declarações reforçaram as dificuldades de uma candidatura verdadeiramente independente e a mensagem de que o país precisa de mais transparência, liberdade e maturidade democrática e de que qualquer mudança deve assentar no respeito profundo pelas instituições.

A deslocação ao Algarve terminou com uma visita a Quarteira, depois de dois dias intensos e de forte apoio popular. Gouveia e Melo mostrou-se um candidato atento às preocupações locais, firme na defesa da democracia e disposto a exigir mais do Estado.