O dia de pré-campanha de Henrique Gouveia e Melo foi marcada por duas iniciativas no distrito de Setúbal: uma visita à empresa GE – Global Engineering, especializada em construção modular de larga escala, e uma passagem pela Feira Anual de Palmela, onde voltou a privilegiar o contacto direto com a população e com o tecido económico local.
Durante a visita à GE, o candidato à Presidência da República destacou o potencial transformador das soluções modulares na resposta ao problema da habitação em Portugal. Sublinhou que este tipo de construção, feito em escala industrial, pode permitir respostas rápidas, custos controlados e elevados padrões de qualidade, fatores que considera essenciais para enfrentar um dos desafios mais urgentes do país. “A construção modular permite responder rapidamente às necessidades de habitação com custos controlados. Por ser modular, é feito numa escala industrial e reduz os custos sem reduzir a qualidade. Portugal tem de se reinventar.”
O candidato afirmou ainda que as soluções existem, desde que exista vontade política e capacidade de ação: “há um grave problema com a habitação. O que vemos nesta fábrica são soluções para os problemas, desde que haja energia ou vontade.”
Gouveia e Melo reforçou também que a função do Presidente da República deve assentar na defesa de princípios e na exigência de que o Governo os cumpra. Para si, a evolução do país depende diretamente da articulação entre economia e sociedade: “A Presidência tem de guardar um conjunto de princípios e exigir à governação que esses princípios sejam respeitados. Portugal só evolui se a nossa economia tiver coesão social.”
Apesar de considerar positivo o reconhecimento internacional recente da economia portuguesa, alertou para os seus problemas estruturais. Recordou que o país continua excessivamente dependente do turismo, setor que representa quase 20% do PIB, e cuja natureza conjuntural o torna vulnerável a choques externos. “Se houver uma crise internacional que afeta o turismo, nós entramos numa crise profunda. Por isso, precisamos de apostar também na indústria. Precisamos de desenvolver uma economia mais diversificada, mais coesa, mas com as pessoas.”
Após a visita à fábrica, Gouveia e Melo deslocou-se à Feira Anual de Palmela, onde conviveu com expositores, agricultores, produtores e centenas de visitantes. Acompanhado por vários apoiantes, voltou a sublinhar a importância de aproximar a ação política do terreno, valorizando a economia real e os setores que contribuem para o desenvolvimento local e regional.
Com estas iniciativas, o candidato procurou reforçar a sua mensagem central: Portugal precisa de inovação, diversificação económica e soluções concretas que respondam às necessidades das pessoas.
