Henrique Gouveia e Melo esteve em Beja, numa jornada dedicada ao contacto institucional e à proximidade com a população, com especial enfoque nos desafios do interior do país.
A visita iniciou-se com uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Beja, onde foram abordadas questões relacionadas com o desenvolvimento do território, a coesão social e as dificuldades sentidas pelas populações do interior.
Após reunião com o executivo bejense, o candidato apontou como temas estruturantes os acessos, as infraestruturas, a autoestrada e a ferrovia, afirmando ser necessário “melhorar o território” para que este ganhe “atratividade económica” e não haja um país com “três velocidades diferentes”.
Seguiu-se uma visita ao Café Luiz da Rocha, no centro da cidade, onde o candidato ouviu preocupações e ouviu palavras de incentivo de muitos locais, reforçando a importância da escuta ativa como base de uma Presidência próxima dos portugueses.
Já no concelho do Alvito, encontrou-se com o presidente da Câmara Municipal e voltou a contactar com a população, mantendo a linha de proximidade que tem marcado a sua campanha.
Gouveia e Melo tem visitado territórios do interior, que enfrentam processos de desertificação, reafirmando o compromisso de tudo fazer para que Portugal “não se desenvolva a três velocidades distintas: a do interior, a do litoral e a das grandes cidades”.
Alertou ainda para o abandono crescente do interior, onde muitos idosos ficam “isolados, enquanto os jovens são atraídos para as grandes áreas metropolitanas ou para o estrangeiro”, levando à perda de um enorme potencial humano e económico.
“O país está mais abandonado, os nossos idosos estão a ficar sozinhos e os jovens acabam por ser forçados a ir para o litoral ou para as grandes cidades, e, muitas vezes, até para fora do país. Se nada fizermos, estamos a contribuir para a aclaração da desertificação”, disse.
Sobre o último debate televisivo com Luís Marques Mendes, considerou que foi esclarecedor, defendendo que os portugueses têm o direito de conhecer com clareza as dependências e os condicionamentos de cada candidato. Sem lançar suspeitas, sublinhou a importância de transparência e de esclarecimento no espaço público.
O candidato recordou ainda que sempre trabalhou numa organização que serve todos os portugueses, reforçando que a Presidência da República deve ter uma lógica de união. Defendeu que o voto deve recair numa personalidade capaz de unir o país e de motivar os portugueses a crescer com coesão, sublinhando que não existe incoerência entre exigência, honestidade e transparência, valores que considera essenciais para o exercício do cargo.