NOTÍCIAS

Ciclo de Conferências “Portugal com Rumo” arranca com debate sobre o futuro económico do país

20 Out, 2025

O ciclo de conferências “Portugal com Rumo” iniciou-se com uma sessão dedicada ao tema “Portugal Moderno – Crescer com Sentido”, que reuniu gestores, economistas e académicos no TagusPark, em Oeiras, para discutir o modelo de desenvolvimento económico do país.

A iniciativa, que pretende ouvir especialistas e a sociedade civil sobre os grandes desafios e oportunidades para o futuro de Portugal, contou com as intervenções de António Nogueira Leite, Óscar Afonso e Mafalda Rebordão, sob moderação de Ana Brochado.

Henrique Gouveia e Melo sublinhou a importância de uma ambição coletiva e de uma nova atitude perante o futuro de Portugal. “É preciso ter ambição por aquilo que queremos ser. O que eu vos peço, enquanto portugueses, é que partilhem esta ambição coletiva”, apelou.

“Temos de construir o nosso futuro, com a nossa energia, com a nossa capacidade. Portugal tem de deixar de ser um país do improviso e do desenrascanço como atitude. Precisamos de planeamento e de políticas públicas consistentes”, acrescentou o candidato presidencial, defendendo uma mudança de mentalidade e de práticas na gestão do país.

Segundo António Nogueira Leite, é necessário revitalizar o projeto europeu. “A Europa não pode ser vista em Portugal apenas como uma fonte de dinheiro, barato ou dado pela União Europeia”, destacou. Para o economista, a integração europeia “é essencial à nossa sobrevivência como país” e deve implicar uma participação ativa de Portugal “nas boas decisões que a União Europeia tem de tomar, para bem do bloco onde estamos inseridos”.

Óscar Afonso destacou a importância de deixar que os agentes económicos tomem as suas decisões “em função das oportunidades de mercado”, cabendo ao Estado criar condições transversais para atrair investimento. O economista defendeu ainda que Portugal “precisa de mudar de rumo”, com reformas estruturais que promovam a produtividade e a competitividade.

Já Mafalda Rebordão centrou a sua intervenção nos desafios da inteligência artificial no mercado de trabalho, alertando para o impacto da automação e para a extinção de vários postos de trabalho até 2050, defendendo a necessidade de preparar desde já políticas de adaptação e requalificação.

A sessão marcou o arranque de um ciclo que pretende pensar Portugal a médio e longo prazo, reunindo diferentes perspetivas sobre os caminhos para um desenvolvimento mais equilibrado, sustentável e competitivo.

A próxima conferência decorre terça-feira, 28 de outubro, às 18h30, em Coimbra, no ISCAC, dedicada ao tema Portugal Social – Saúde, Educação, Habitação. Conta com intervenções de Filipe Caseiro Alves, Alexandre Gomes da Silva, Tânia Pereira, Ana Bastos e Henrique Gouveia e Melo. A sessão é conduzida por Mónica Quintela que moderará igualmente uma conversa com os oradores aberta à audiência.