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Gouveia e Melo alerta para a tentativa de partidarização das eleições presidenciais: “Sou o único candidato verdadeiramente independente”

17 Set, 2025

Em entrevista à SIC/SIC Notícias, Henrique Gouveia e Melo reforçou a sua condição de candidato verdadeiramente independente, livre de interesses partidários, sublinhando que representa todos os portugueses e não facções partidárias.

Gouveia e Melo considera que o papel do Presidente da República deve ser o de árbitro imparcial e isento, e que os partidos políticos parecem querer transformar estas eleições presidenciais numa segunda volta das legislativas, o que pode ser perigoso para a democracia.

Defendeu a necessidade de diálogo aberto com todas as forças partidárias. “Não vou queimar pontes. Estou disponível para me encontrar com todos [os partidos], dos maiores aos mais pequenos”, garantiu.

Gouveia e Melo voltou a sublinhar que o chumbo de um Orçamento do Estado não implica forçosamente eleições antecipadas e deixou claro que poderia dar posse a governos resultantes de diferentes configurações parlamentares. “Daria posse a qualquer coligação que permitisse a governação, à direita, ao centro ou à esquerda”, explicou, insistindo que a estabilidade é a condição fundamental para implementar as reformas estruturais de longo prazo que o país necessita, e não apenas ações de curto alcance destinadas a ganhos eleitorais imediatos.

O candidato defendeu ainda a importância de uma imigração como resposta indispensável ao desafio demográfico que o país enfrenta. “Temos uma inversão da pirâmide etária e se não tivermos imigrantes podemos acabar sós, pobres e abandonados”, alertou, lembrando que a integração dos imigrantes é determinante e pode contribuir para a natalidade, mas também para o crescimento da economia e para a sustentabilidade da sociedade portuguesa.

Sobre questões de defesa nacional, Gouveia e Melo afastou a hipótese de um regresso ao serviço militar obrigatório, considerando antes mais eficaz a criação incentivos que permitam construir uma reserva voluntária composta por militares que, regressando à vida civil, possam manter um vínculo às Forças Armadas e ser chamados em caso de necessidade.

Quanto à política externa, concordou com o reconhecimento do Estado da Palestina, mas sublinhou que, no contexto atual, esse gesto é sobretudo simbólico. “Um Estado é território, população e organização política. Neste momento, não conseguimos cumprir esses três pressupostos. O reconhecimento é mais uma questão simbólico do que prática”, afirmou.

Ao longo da entrevista, Gouveia e Melo deixou claro que pretende construir uma candidatura mobilizadora, marcada pela independência, pelo diálogo e pelo sentido de responsabilidade, apresentando-se como um candidato de estabilidade capaz de unir os portugueses em torno de um futuro comum.

Reveja aqui a entrevista completa.