Henrique Gouveia e Melo comentou o ataque ocorrido no dia 26 de agosto, quando a Rússia atingiu um edifício junto à representação diplomática da União Europeia em Kiev.
Para o candidato, este episódio demonstra, uma vez mais, que, perante a nova ordem mundial, a Europa corre o risco de passar a ser vista como um ator de segunda grandeza. “Apesar de termos uma das maiores economias do mundo, uma população significativa e enorme capacidade tecnológica, não conseguimos transformar esse potencial em força nas relações internacionais”, afirmou.
Gouveia e Melo voltou a sublinhar que o sistema internacional atual se baseia sobretudo na força e na capacidade militar, fatores que se refletem também na economia e na política global. Recordou ainda que os Estados Unidos há muito tempo concentram esforços no Indo-Pacífico e necessitam de uma Europa mais forte para se afirmar como verdadeiro aliado. Acrescentou ainda que a Europa corre o risco de se tornar um ativo menor e Portugal pode ser diretamente afetado, quer no plano político quer económico.
Concluiu defendendo que os europeus precisam de adaptar-se a esta nova realidade e que Portugal, como país europeu, mas também atlântico, deve tirar conclusões destes episódios e preparar-se para um futuro diferente.
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